2020 tem sido um ano complicado. É inegável, para 99,9% da sociedade, que algo assim nunca foi vivenciado. A falta da totalidade se deve a uma pandemia existente no início de 1900, a gripe espanhola, tão devastadora quanto a covid-19, ela marcou sua época.
Falando em fortes marcações na história mundial, fatos provocados pelo homem também ajudaram a escrever o passado da humanidade. Foi assim com a primeira e a segunda guerra
mundial.
Antes disso...a Europa conhecia a ira de um baixinho muito famoso nós livros do ensino fundamental, Napoleão. Enquanto isso, no Brasil, a família real portuguesa desembarcava e gerava uma vontade incontrolável de separação da colônia.
O que todos esses fatos tem em comum? Eles ocorreram durante a existência de um restaurante. Sim, você não leu errado. Enquanto o Brasil exterminava os índios e sua rica cultura, na Europa, mais precisamente em Madrid, o Botín escrevia história e trazia uma cultura gastronômica preservada até os dia de hoje.
Inaugurado por Candido Remis (sobrinho de Jean Botin), a princípio o estabelecimento era uma pousada que abrigava um restaurante.
Desde sua fundação, em 1725, o restaurante espanhol servia um clássico, o cochinillo, que até hoje segue desmanchando na boca e emocionando a clientela.
Falando em tradição, a casa quase não sofreu alterações, nem de estrutura e muito menos de cardápio. Por lá as pessoas não só degustam clássicos pratos da culinária espanhola como também conseguem vivenciar a cultura gastronômica da época de sua criação.
Voltando para os dias de hoje...é inimaginável que um restaurante que passou por tanta coisa, vivenciou de perto e de longe grandes momentos da humanidade, recebeu (como clientes e funcionários) personalidades mundiais, está correndo o sério risco de fazer algo que nunca fez durante quase 300 anos de existência. Devido a pandemia do século, causada pelo Corona vírus, ele corre o risco de parar suas operações.
Até o presente momento essa é uma possibilidade bem real. Mas cabe a todos os amantes da boa gastronomia mundial a esperança que algum fundo econômico ou até mesmo um milionário apaixonado por culinária resolva deixar a história gastronômica viva.